terça-feira, 22 de junho de 2010

“Eu tenho medo de acreditar em você, de te desejar tanto tanto e acabar descobrindo que eu ainda tenho um coração e que ele ainda pode amar muito alguém. Não, eu digo a mim mesma, eu não vou me apaixonar e nem desejar saber tudo ao seu respeito, querer conhecer sua mãe e ser apresentada aos seus amigos.Você não sabe, mas quando eu chego em casa eu repasso cada palavra que você disse, cada gesto que você fez, cada beijo seu e me pergunto se vale mesmo a pena..”


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Tati Bernardi
E se quiser voltar, volte. Não demora… Você sabe que eu estou aqui ainda não é? Eu não quero ser chato, não quero insistir, mas… É que você não é superável, vc é uma parte minha; querendo ou não.
eu pensava ter uma bicicleta
e pedalar até a tua rua
dizer que ainda sou tua
eu queria ser um avião bem leve
pra sobrevoar o teu terraço
e tapar teu sol
fazer tu perceber
que sem eu aí não tem
ninguém pra te aquecer
perfume atrás da orelha
vestido bem vestido
um sorriso no rosto
um punhado de amigos
que é pra,
se acaso eu te encontrar um dia,
tu ver como eu ainda tô bonita
ou mais
ainda mais ainda
ou mais
ainda mais bonita

(Bem-me-leve - Apanhador Só)
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sábado, 19 de junho de 2010

(...) eu te amo calado
como quem ouve uma sinfonia (...)

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Certas Coisas - Lulu Santos

AS INDAGAÇÕES

A resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas.

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Mário Quintana

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Volta? Sorri para mim novamente? Meu ar precisa do teu cheiro. Minha boca precisa pronunciar mais algumas palavras sem nexo no teu ouvido. Meu rosto precisa encostar no teu. Minha cabeça quer descansar no teu ombro. Seu perfume ficou em mim.


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quinta-feira, 3 de junho de 2010

Nescafé - Apanhador Só

eu cuspo nescafé e você chora leite
de manhã
amarro o meu sapato
e tu veste o sutiã
cadê o nosso amor? me diz onde
vou correndo pegar o bonde
que linha liga o teu coração ao meu?
almoço minha angústia
e tu ri com a cara na tv
eu tomo um conhaque
e tu fala em ter bebê
remenda o meu sorriso e, sorrindo,
me costura mais uma ruga
desfaz a casa que casa com o meu botão
me esqueço em pensamentos
e tu cobra um pouco de colchão
respondo qualquer coisa
e tu solta a minha mão
coloca teu calor na estante
vem, se deita tranquila e dorme
em que sonho eu sonho meu sonho igual ao teu?

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terça-feira, 1 de junho de 2010

Já reparou que muito do que somos, ou quase tudo, somos porque aprendemos a ser? Aprendemos a ser o que somos com o lugar que nascemos, nossos pais, com a televisão, jornais, revistas e com todo um contexto sócio-cultural. Mas não aprendemos que podemos ser o que quisermos ou que podemos criar nosso próprio ser de uma forma que seja só nossa, sem referências rotuladas religiosas, sociais, culturais, familiares ou de qualquer outra ordem. A gente aprendeu a não aceitar que alguém tente ser de seu próprio jeito, porque achamos que todos precisam seguir a mesma fila sem direito algum de expressar-se com mínima originalidade. Quando aparece alguém querendo inovar, todos se revoltam dizendo:”Quer ser diferente?”; ou “Quer aparecer?”; e ainda…”Quem esse aí pensa que é para não fazer como todos nós, ou andar como todos, ou não seguir a nossa moda?” Forçamos os índios a serem como somos e por isso os matamos aos poucos, assim como fazemos com nós mesmos quando nos forçamos a ser como os outros querem que sejamos, sem dar mínima chance à vontade de nossa alma.